quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Utopia

Por que a América é América?

Em homenagem ao individuo Américo Vespúcio, navegador que constatou que o lugar onde Colombo chegara não era parte da Ásia, porém um novo continente, vulgo Novo Mundo. 
Uma curiosidade: sabe o livro A Utopia, de Thomas Morus? Foi inspirado nos relatos de Américo Vespúcio sobre as terras brasileiras e na Ilha de Fernando de Noronha. 

A Utopia - Thomas Morus (1478 - 1532)

Trata-se de uma obra clássica. Thomas Morus era amigo e discípulo de Erasmo de Roterdã. Sua abordagem tem traços da figura de linguagem conhecida como ironia. Isso porque Thomas Morus aborda o tema da política sob um viés idealizador, em que a sociedade perfeita não teria propriedades privadas, exatamente o contrário do que acontecia na Inglaterra e Europa. 
Como se sabe, o contexto influencia diretamente na obra de um escritor. Na Europa do século XVI, destituíam-se terras de camponeses visando o cultivo de pastos para colocar ovelhas e retirar lã - manufaturas... além disso, confrontos religiosos ocorriam. Por isso o caráter pejorativo em relação à administração dos Europeus. 

"Enquanto o direito de propriedade for o fundamento do edifício social, a classe mais numerosa e mais estimável não terá por quinhão senão miséria, tormentos e desespero."

Morus defende a democracia como forma legítima de governo, em que os mais velhos são considerados os mais sábios. Nessa democracia, poucos são os excluídos da política, com raras exceções. 
Os próprios nomes dos personagens não foram escolhidos aleatoriamente, encobrindo um tom sarcástico:

Capital da ilha: Amaroto ( = miragem )
Quem governa a ilha Utopia é Ademus ( = sem povo )

Thomas Morus não pretende, tal como Platão, criar uma cidade ideal, porém criticar a sociedade de sua época. 



segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Esta noite

Esta noite ficarei acordada
Não pelos meus caprichos
Mas para a humanidade
e ficarei calada
Não sei mais que você
Mas para ausentar-me
E fazer-me presente
Nos locais solitários.
Pois não sou eu palavras,
não sou eu muitos gestos
e não sou eu olhares,
então respirarei profundo
Pondo o mundo aqui.
E tentarei fazê-lo
ao certo mais bonito.
Que se fosse verdade
daí seria mito.
E que à canção mais bonita
e à mais singela sinfonia
se submetam os que gritam
calados
pela miséria, medo ou injustiça,
que os afligem
mesmo que estejam em belos
mesmo que estejam
em belos
prados.