sábado, 21 de junho de 2014

Diário de uma jovem estressada

Não sei se "estressada" seria a palavra ideal. Pra agora, tenho certeza que sim, seria a palavra que eu não colocaria. Porque acabei de chegar de uma festa, e boa. Tudo muito bom, tudo ótimo. E eu me encontrei com eu mesma no passado.
Quando você enxerga que você está ficando muito repetitiva, a tendência é mudar. Mas e se você não enxerga nada? Você não vê, você não muda. Você não corrige, mas você também não piora. Afinal de contas, se "não se mexe em time que está ganhando", e depois ele começar a ser goleado no último minuto da partida, esse ditado é falho. Então mudar ou não não é questão de ficar melhor ou pior... você fica igual, mas porque e simplesmente porque não parou pra pensar se mudava ou não, se estava ou não ganhando, simplesmente porque não parou pra pensar nisso.

Sabe, se um dia eu tiver uma filha, e se ela pedir minha opinião, direi pra ela fazer uma festa de quinze anos. Uma festa do jeito que ela quiser, com ou sem cerimonial, com ou sem choro, grande ou pequena, lotada ou só pra família (= lotada). Sabe por quê? Porque eu já tenho dezenove anos e não fiz uma festa de quinze. Mas e daí? E daí que aquela era a minha época, e eu não sei se isso acontece com todo mundo, creio que não. Mas se comigo aconteceu, digo que a minha época já passou. Nossa, dezenove anos! Sim, não é mais como antes. O mundo não é tão meu quanto já fora. E é nisso que se baseia uma festa de quinze anos. Em alguns casos, como foi o de hoje, na festa em que estive, a festa de quinze anos pode representar a lembrança, em álbum diagramado e vídeo, daquela época banhada a ouro. Todos nós nascemos banhados a ouro. Toda criança é uma dádiva. Hoje, na pista de dança, a mais nova da festa desfilava com seu vestidinho novo, prestigiando a banda que cantava todas as músicas animadas possíveis, como Titanium, do David Gueta, até Show das Poderosas, da Anita, e apenas ela, mais ninguém. Não culpo os outros, não. Também estive sentada todo esse momento, então também deveria me culpar. No meu caso, a culpa era que eu não conhecia ninguém e também do salto alto. Mas quem sabe ali haveria muto mais gente que não conhecia ninguém (o que, ok, é uma inverdade, pois tratava-se de família) ou mesmo todas estavam incomodadas com seus saltos altos. Mas e os homens, hein? Cadê os homens? Ah sim, eles dependem das mulheres para dançar.

Os adolescentes, junto com a aniversariante, se trancafiaram num quartinho e ficaram ali isolados do resto da festa dançando. O mundinho deles, quase literalmente. Mas eu não entrei lá. Tinham todos uns quinze anos. E eu não conhecia ninguém. E eu estava com a cabeça em outro mundo.

Então. Caramba.... uma festa de quinze anos! Eu, com quinze anos, era outra pessoa. Uma menina, linda, com um potencial incrível, uma beleza inerente, uma leveza intrínseca. Dons de todo jovem.

...Dizem que quando se envelhece a pessoa vira criança de novo. Não sei bem isso, não... Talvez sejam as mulheres que, com as pernas exaustas, retiram seus saltos e vão para a pista de dança.
Será que elas descobrem que este mundão é, na verdade, o seu novo mundinho? Não sei, meu Deus.... Não sei nada.

93 Million Miles

As pessoas se esquecem Que ainda que haja cem mil pessoas Que gostam de um mesmo vídeo Na internet Cada uma delas guardará muitas diferenças Que abrirão parênteses Para mil modos diferentes de interpretação. Por isso, ainda que mil pessoas chorem Haverá mil choros diferentes. Ainda que mil pessoas aplaudam Haverá mil aplausos diferentes. Então seja você mesmo Porque de um jeito ou de outro Você pode até guardá-los Mas os motivos os quais te movem Permanecerão moldando você. ;)

Música: 93 Million Miles

93 Million Miles
93 million miles from the sun
People get ready, get ready
Cause here it comes, it's a light
A beautiful light, over the horizon
Into our eyes
Oh, my, my, how beautiful
Oh, my beautiful mother
She told me, son, in life you're gonna go far
If you do it right, you'll love where you are
Just know, wherever you go
You can always come home

240 thousand miles from the moon
We've come a long way to belong here
To share this view of the night
A glorious night
Over the horizon is another bright sky
Oh, my, my, how beautiful
Oh, my irrefutable father
He told me, son, sometimes it may seem dark
But the absence of the light is a necessary part
Just know, you're never alone
You can always come back home
Home
Home
You can always come back

Every road is a slippery slope
But there is always a hand that you can hold on to
Looking deeper through the telescope
You can see that your home's inside of you

Just know, that wherever you go
No, you're never alone
You will always get back home
Home
Home

93 million miles from the sun
People get ready, get ready
Cause here it comes, it's a light
A beautiful light, over the horizon
Into our eyes
93 Milhões de Milhas
A 93 milhões de milhas do Sol
As pessoas preparam-se, preparam-se
Porque lá vem, é uma luz
Uma linda luz, além do horizonte
Para dentro de nossos olhos
Oh, minha nossa, que lindo
Oh, minha bela mãe
Ela me disse, filho, você irá longe na vida
Se fizer tudo direito, amará o lugar onde estiver
Apenas tenha certeza de que onde quer que vá
Você sempre poderá voltar para casa

A 240 mil milhas da Lua
Percorremos uma longa distância para pertencer a esse lugar
Para compartilhar essa vista da noite
Uma noite gloriosa
Além do horizonte há outro céu brilhante
Oh, minha nossa, que lindo
Oh, meu pai irrefutável
Ele me disse, filho, às vezes, pode parecer escuro
Mas a ausência da luz é uma parte necessária
Apenas tenha certeza de que você nunca está sozinho
Você sempre poderá voltar para casa
Casa
Casa
Você sempre pode voltar

Toda estrada que é uma subida escorregadia
Mas sempre há uma mão na qual você pode se segurar
Olhando profundamente pelo telescópio
Você pode perceber que seu lar está dentro de você

Apenas tenha certeza de que onde quer que você vá
Não, você nunca está sozinho
Você sempre voltará para casa
Casa
Casa

A 93 milhões de milhas do Sol
As pessoas preparam-se, preparam-se
Porque lá vem, é uma luz
Uma linda luz, além do horizonte
Para dentro de nossos olhos




Link: http://www.vagalume.com.br/jason-mraz/93-million-miles-traducao.html#ixzz35LAdPAyc

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Poema do Amor Incondicional

Algumas pessoas sofrem.
Algumas pessoas riem.
Algumas pessoas, ainda, sobrevivem.
Mas há ainda aquelas que esperam.

Ainda que inconscientemente,
Ainda que desesperadamente,
Esperam insaciavelmente,
Debruçadamente 
Numa murera de sonhos e paixão.

Ó, se estas pessoas assim soubessem
Que à falta delas o mundo perece...
Pois elas resistem em se esconder
E nem eu, nem ele, nem elas sabem o porquê.

Talvez seja o aconchego do infinito
Que esta mureta lhe proporciona
E, certa de que não a abandona
Se torna concreto e se imobiliza.

E, assim, tão certa de que a vista é branda
Eu permaneço ao meio dividida
À mureta, sul, à minha vista, norte
Com medo de pisar em falso neste precipício
Que é o amor, talvez a sorte, quem sabe a morte.