Algumas pessoas riem.
Algumas pessoas, ainda, sobrevivem.
Mas há ainda aquelas que esperam.
Ainda que inconscientemente,
Ainda que desesperadamente,
Esperam insaciavelmente,
Debruçadamente
Numa murera de sonhos e paixão.
Ó, se estas pessoas assim soubessem
Que à falta delas o mundo perece...
Pois elas resistem em se esconder
E nem eu, nem ele, nem elas sabem o porquê.
Talvez seja o aconchego do infinito
Que esta mureta lhe proporciona
E, certa de que não a abandona
Se torna concreto e se imobiliza.
E, assim, tão certa de que a vista é branda
Eu permaneço ao meio dividida
À mureta, sul, à minha vista, norte
Com medo de pisar em falso neste precipício
Que é o amor, talvez a sorte, quem sabe a morte.
O tanto que por amor sofremos vem do ser tão pouco o que sobre amar sabemos.
ResponderExcluirGK