Não quero que saibam para que reconheçam
Não quero que batam palmas se antes vem as vaias
Estou consciente, como se eu visse tudo tão de perto
Que conhecesse a história
Que a própria história desconhece.
Há uma mágica indecisa
Uma mágica não concebida
Que mora nos lugares mais remotos
Nas quinas de paredes mofadas
E que não é nem será elogiada.
Então, faço o favor de recusar
Quando a oferta é simplista, rasa
E não atinge as raízes angustiantes:
Reconhecimento incompleto é inconstante.
Não sei como chegastes aqui
Mas leve uma oração contigo
E que ela se desdobre em esperança
Aos amigos e aos amigos dos amigos.
E a inviabilidade de escolha própria
Inviabiliza que você corra, só suporte
E, se encontrar suporte em algum acaso,
Rezo para que não seja apenas sorte.
Mas, se um dia, você achar
Que vale a pena instruir nossos amigos
Que saibam, então,
E então eu lavo minhas mãos.
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